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Channel: Blog: PASCH no Brasil – Escolas: uma parceria para o futuro
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Enquanto isso... Bolsistas Blickwechsel chegam à metade do intercâmbio

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Enquanto a Laura C. R. (Colégio Catarinense, Florianópolis) e o Gabriel O. S. (Colégio Santo Antônio, Belo Horizonte) estão voltando, a Maria Fernanda C. R. (Colégio Mãe de Deus, Londrina) e o Paulo Henrique C. (CAp UFRGS, Porto Alegre) estão indo, a Aline I. S. (Escola Barão do Rio Branco, Blumenau), o Adriano S. T. (Colégio Martinus, Curitiba), o Pedro C. Z. (Colégio Catarinense, Florianópolis) e o Yamí R. S. (CIL 1, Brasília), chegam ao meio do seu intercâmbio Blickwechsel!

O que será que eles estão fazendo e como estarão se sentindo?

Adriano S. T.

Adriano S. T.
Colégio Martinus, Curitiba

E as aventuras continuam! No meu último texto, onde relatei os meus primeiros três meses na Alemanha, escrevi uma visão geral de como tudo estava sendo e como tudo era totalmente novo para mim. Agora já se passaram cinco meses e acredito que tenho mais maturidade para escrever e avaliar determinados aspectos que tenho vivenciado. Vivenciar um ano de intercâmbio não significa apenas deixar o seu “Heimatland” (país de origem), mas sim, imergir na cultura do novo mundo em que nos encontramos, daí os famosos “choques culturais”. Não sei por que, mas até agora não sofri muito com essas famosas diferenças, mas posso citá-las e descrevê-las de acordo com o que tenho vivenciado.

Comecemos então com a escola: ainda no Brasil, quando lia sobre o tema, não entendia muito bem quais as diferenças e o porquê de tantas na Alemanha . Entretanto, quando comecei a frequentá-la aqui, pude entender o que as diferenciava. Apesar de já ter terminado o primeiro ano do ensino médio no Brasil, frequento a mesma série, aqui chamada de 10.Klasse (zehnte Klasse), em um Gymnasium (Ginásio). Como já tinha ouvido falar, o que conta muito na média das notas é a participação oral durante todas as aulas em todas as matérias. No começo isso era um pouco difícil para mim, mesmo já tendo, digamos, um bom nível no alemão. Entretanto, com o passar do tempo, fui me acostumando com o ritmo de uma escola alemã e é claro com a língua, o que me proporcionou a capacidade de me manifestar nas aulas, principalmente nas de química e matemática, rsrs. O que ainda é difícil para mim são as aulas de alemão e política, não por não entender a língua, pelo contrário, fico feliz por entender tudo e ver o quanto melhorei na língua, mas o problema é realmente o entendimento dos assuntos. Em alemão, lemos recentemente um romance, sobre o qual debatemos desde que eu cheguei na escola. Os alunos são desafiados a criar as suas próprias ideias sobre determinados aspectos, o que não é tão simples quanto parece. Por exemplo, a nossa prova sobre o livro foi escrever um interpretação baseada em seis páginas do livro, que recebemos no momento da prova. Não entendo como, mas tiveram alunos que escreveram entre quatro e seis páginas, ou até mais. Acredito que essa é uma das principais diferenças entre uma escola brasileira e uma alemã, mas como tudo, acredito que existem desvantagens também: aqueles que não se manifestam por n-razões acabam sendo prejudicados ou de certa maneira existe também um certo tipo de competição ente os alunos para ver quem se manifesta mais e recebe melhores notas. Normalmente temos apenas três matérias no dia, mas aulas duplas, totalizando seis aulas, parecido com a escola que estudo no Brasil.

As minhas aventuras com a música também continuam. Logo teremos vários concertos, dentre eles um ao ar livre em um parque e outro no grande auditório da Elbphilharmonie, sobre os quais posso escrever no próximo relato. Tive também algumas viagens com a minha família. Fomos para Köln visitar o irmão da minha Gastmutter, onde participei de uma corrida e também para uma cidade chamada Damp, no Mar do Norte. Pude conhecer uma praia alemã. Recentemente participei também de um acampamento nacional de jovens (Landesjugendcamp 2018), onde mais de 2000 jovens se reuniram para participar de cultos evangélicos e várias outras atividades juntos. Foi uma experiência maravilhosa para conhecer outras pessoas, como de outros países. Encontrei até uma brasileira.

Por fim, gostaria de mais uma vez agradecer ao Goethe-Institut, PASCH e à YFU por ter me dado esta oportunidade de viver todas essas maravilhosas experiências e as que ainda virão. Muito obrigado e até a próxima vez! :-)


Aline I. S.
Escola Barão do Rio Branco, Blumenau



No último relato, acabei não conseguindo falar muito sobre uma coisa que gostaria muito: a minha Gastfamilie (família hospedeira). Quando descobri a família que havia me acolhido fiquei a princípio meio assustada. Um casal com seis filhos! Eu já vinha de família grande no Brasil, mas uma com seis filhos me deixou com certo medo. Os dois filhos mais velhos dos meus Gasteltern (pais hospedeiros) já não moram mais em casa, e isso fez o jogo virar bastante para mim, pois no Brasil eu era a caçula, e aqui enfrento o desafio de ser uma das filhas mais velhas.

Por ser uma família com crianças pequenas, meus pais hospedeiros têm muita energia, e isso nos trouxe vários momentos e passeios juntos. Visitamos algumas cidades que são os recantos de descanso da família, Sebnizt e Morizburg, e nas duas ocasiões acampamos. Morizburg é uma cidade maravilhosa, possui um castelo incrível e foi o lugar onde meus Gasteltern se conheceram e noivaram, e é um dos lugares pelos quais eu mais me encantei até agora.

Anteriormente, o meu maior desafio era acordar às 5 horas da manhã. Infelizmente preciso escrever que meus desafios mudaram. O sol de primavera, e o meu relógio biológico estão me fazendo acordar cedo mesmo nos dias que posso dormir até mais tarde. Mas obviamente nesses dias luto contra a vontade de acordar e continuo dormindo. Outro desafio que acabou por se revelar é o uso do banheiro. Moramos aqui em sete pessoas e temos apenas um banheiro, por isso estamos criando e aperfeiçoando um cronograma para o seu uso à noite e de manhã cedo.

Uma coisa que me deixa muito feliz sobre a minha família hospedeira é o interesse que eles têm pela minha família, saber como estão as coisas no Brasil, se minha família está bem lá, e como eu estou. Outra curiosidade que surgiu desde que nos conhecemos à distância é o meu sobrenome alemão. Desde o início eles se prontificaram a descobrir onde meus antepassados viveram e outros dados sobre a família, mas as descobertas não foram muito adiante. No dia das crianças daqui (01/06) ganhamos uma Nutella, uma versão especial dos times alemães que jogaram as copas do mundo. Lá, na versão de 1954, estava o sobrenome que eu acreditava que havia sido escrito errado na chegada ao Brasil, pois nunca o havia encontrado escrito da mesma maneira. Desde então as descobertas têm aumentado, e as minhas tarefas também. Tenho agora mais um pedaço da família para descobrir de onde e porque imigrou para o Brasil.

Nas aventuras deste mês estão inclusos dois passeios para Weimar, uma vez com a família e outra com a escola, uma peregrinação com a escola, visita a uma amiga brasileira que descobri pelo facebook que estava morando na Alemanha, alguns dias em Berlim com a minha Gastschwester (irmã), fui a um jogo de futebol com meu pai e meu irmão hospedeiro, e tive uma dolorida experiência esportista com Wasserski. Essa última me trouxe muitos tombos, mas também muita diversão quando conseguia ficar de pé nos esquis.

Termino meu texto me preparando para mais uma experiência em Berlim. Agora vou para um encontro de Alumni do PASCH em comemoração aos 10 anos do PASCH, onde espero me informar mais sobre como voltar para estudar e trabalhar aqui na Alemanha, e onde espero conhecer várias pessoas, e com certeza fazer muitos amigos, coisas que os encontros do PASCH sempre nos proporcionam. Continuo agradecendo imensamente à iniciativa PASCH, ao Instituto Goethe e ao YFU pela oportunidade que me deram de conhecer e vivenciar tudo o que eu já acima descrevi.


Pedro C. Z.
Colégio Catarinense, Florianópolis



Agora chegou a metade do meu intercâmbio. Esses últimos três meses foram importantes para construção de amizades e também para viagens. Viajei com a família para Berlin, por exemplo, e com os amigos para Amsterdam. Foram duas viagens bem diferentes, mas as duas foram muito legais e serviram de bastante aprendizado.

Com a família eu aprendi bastante sobre história e cultura e, claro, treinei bastante a língua alemã. Já com os amigos, uma viagem como essa ajuda a se tornar mais independente para conseguir fazer as coisas sozinho. Depois desses primeiros meses aqui eu já me sinto bem à vontade em casa e sempre converso com a família sobre praticamente tudo, come se fosse a minha família do Brasil. Na escola também já me sinto bem mais solto para falar em alemão e me expressar, o que facilita para fazer amigos e conseguir entender mais as aulas. Esse intercâmbio está sendo uma experiência muito bacana e fica mais legal a cada mês.


Yamí R. S.
Centro Interescolar de Línguas 1, Brasília



Esse segundo momento do intercâmbio tem sido diferente em relação ao início, porque por mais que você continue a aprender, seja o idioma ou a cultura, você já está mais adaptado e acostumado com os desafios do dia a dia, seja na hora de ir à escola, ou puxar assunto com alguém, tornando a situação cada vez mais rotineira. Acredito que o principal desafio após o período de adaptação é saber aproveitar os momentos, porque a impressão que tenho é que o tempo está passando muito mais rápido (já estou na metade do intercâmbio!). Minha rotina é bem simples, em dias normais ela se resume à escola e à minha família hospedeira. Em épocas de férias e finais de semana, eu e minha família (ou amigos) saímos.

Neste dia eu estava na Allianz Arena em Munique para assistir os jogos um pouco mais descontraídos, de jogadores com faixa etária mais elevada. Estavam eu, meus familiares e outros moradores de minha cidade. Foi bem legal porque vimos fotos de jogadores do FC Bayern von München, e torcemos bastante (claro, para o Bayern!).

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