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Channel: Blog: PASCH no Brasil – Escolas: uma parceria para o futuro
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Relatos Vencedores JuKu 2022: Rafaela Both

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Jugendkurs in Dresden

"Primeiramente, tenho de ser sincera, não sei exatamente por onde começar a contar sobre a experiência incrível que pude vivenciar nos últimos tempos. No primeiro dia em que chegamos, já pude conhecer algumas meninas ucranianas e conversar um pouco sobre a oportunidade com elas. Embora estivéssemos cansadas, era notável a mesma empolgação alegre, compartilhada por pessoas de países em situações tão diferentes. E acredito que esse foi o sentimento que mais resume a atmosfera da qual eu e outros 60 jovens fizemos parte durante três semanas.

Exceto aos finais de semana, tínhamos aula todos os dias pela manhã. Os professores eram muito amigáveis e divertidos, sempre faziam pequenos jogos no princípio (a fim de nos conhecermos melhor) e nos prepararam atenciosamente para as provas de proficiência, que realizamos na segunda semana. Fora as aulas regulares, também recebemos projetos extraclasse. Meu grupo, por exemplo, fez um projeto sobre culinária típica alemã. Nele, entrevistamos pessoas nas ruas da cidade em busca de conhecer melhor o que cada morador consumia na mesa. Fiquei muito contente de ter participado da proposta, pois pude interagir e conversar ativamente com falantes nativos de Alemão, o que achei fundamental para melhorar a comunicação no idioma.

Além dessa oportunidade, naturalmente pude praticar a fala em restaurantes, por exemplo, e até mesmo com nossos colegas e monitores. Mesmo quando não sabia exatamente o que formular, sempre persistia um pouco mais, algo que me ajudou a melhorar consideravelmente a espontaneidade nas conversas. É errando que se aprende, e esse era o momento ideal para isso.

Com toda a certeza, minha parte favorita foi conhecer tantas pessoas, de culturas que eu nem imaginava algum dia ter contato (desde Tajiquistão até Turquia). Todas sempre animadas, queridas e bem dispostas a ajudar a todos quando preciso. Sou muito feliz em as ter conhecido. Dentro dessa convivência única que tive, aprendi a ouvir melhor quem precisava, ter mais cuidado comigo e com o grupo e saber o momento certo de brincar e o de ajudar o outro.

Aprendi também que, por mais forte e difícil que estivesse a situação de alguém fora do curso, como o exemplo extremo da Ucrânia, sempre havia o amor e o acolhimento do grupo para aliviar as piores tensões. Acredito que isso foi o mais sublime e emocionante de tudo, pois foram nos momentos mais improváveis - durante viagens de trem, nas festas, em aulas cedo demais - que surgia um sentimento de conforto, união e compreensão entre todos, e entre eles também a esperança."

Rafaela Torres Both
Porto Alegre (RS)

Colégio Província

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