Os alunos Aline, da Escola Barão do Rio Branco em Blumenau, Pedro, do Colégio Catarinense em Florianópolis e Yamí, do CIL 1 em Brasília, passaram um ano na Alemanha através do programa Blickwechsel. Eles voltaram agora em janeiro e veja que bonito o que eles escrevem sobre este intercâmbio!
Aline I. S.
Escola Barão do Rio Branco, Blumenau
Pois é, o tempo foi passando e hoje chego ao meu último relatório. Neste momento já estou em casa, de volta ao Brasil, após um período de quase um ano... Ao pensar nesse período percebo o crescimento pessoal que tive no ano que se passou.
No último mês que estive na Alemanha, participei de algumas atividades com a minha Gastfamilie como por exemplo a procura por presentes de Natal, a aventura de buscarmos juntos uma Árvore de Natal para colocar na sala de casa, festejar o Natal e entre outros...
Na Alemanha, é comum as pessoas irem escolher a sua Árvore de Natal e cortá-la. Normalmente tentam escolher a árvore mais bonita e quando chegam em casa têm a surpresa de que a árvore é toda desforme. Neste ano, preciso confessar que escolhemos uma árvore realmente bonita, e a enfeitamos com decorações que nós mesmos fizemos.
O meu último dia de aula foi um dia normal. Fui cedo à escola, encontrei meus amigos, frequentei as aulas como de costume e me despedi dos meus professores. A despedida dos meus amigos aconteceu alguns dias depois, quando convidei 10 amigas para dormirem na minha casa. No dia seguinte estava combinado que iríamos a um restaurante. Quando chegamos lá, estavam alguns professores e amigos à nossa espera para também se despedirem.
Na semana seguinte, comemoramos o Natal. Agora já posso dizer que vivi um Natal de neve! Na verdade, no dia 24 de dezembro nevou uma meia hora, mas infelizmente era uma neve molhada e por isso ela não ficou no chão. Fui para a Alemanha e ao contrário do que o esperado, não tive um Natal branquinho.
Logo depois do Natal, me preocupei em empacotar as minhas malas e o nervosismo de rever meus pais, irmãos, familiares e amigos já tomava conta. Era muito estranho imaginar como seria reencontrar todo mundo depois de um ano. Despedi-me então da minha Gastfamilie e voei em direção ao meu Heimatland (pátria). Ao chegar, a frustração foi grande quando não encontrei açaí em Guarulhos no aeroporto...
Depois do último voo, ao sair no desembarque, minha família estava à minha espera e foi maravilhoso reencontrá-los. Juntos fizemos vários passeios, como ir à praia, visitar meus tios e avós, passear por algumas cidades e lugares e entre outros. É interessante que em muitos lugares o pensamento retorna à minha Gastfamilie e a meus amigos alemães. Sempre vejo algo que agradaria a alguém, e já vou anotando com a esperança de que um dia venham me visitar e que eu possa mostrar alguns desses lugares.
Para próximos intercambistas, sugiro que não levem muitas roupas, pois normalmente não precisamos de tudo que levamos, e, depois de um ano, tudo aquilo se torna um peso desnecessário. Sugiro que levem muita motivação e força para os momentos difíceis, que tenham ânimo para conhecer novas pessoas e sempre estejam dispostos a convidar os amigos da escola e sua Gastfamilie para saírem. Não sejam tímidos e acanhados, todos lá estão ansiosos à sua espera, e loucos para conhecer você e consequentemente um pouco do seu Heimat (lar).
Novamente, agradeço a todos que me proporcionaram essa aventura. Agradeço aos meus pais e irmãos, que me deram toda força e incentivo para estar lá, agradeço à minha Gastfamilie, que me acolheu como realmente um membro de sua família, agradeço aos meus amigos brasileiros por continuarem ao meu lado e aos alemães por se tornarem também tão importantes. E por fim, agradeço ao PASCH, ao Goethe Institut e ao YFU por tornarem o meu sonho possível.
Yamí R. S.
CIL 01, Brasília
Nos últimos momentos quando estava na Alemanha foi um pouco estranho. Não entendi ao certo o que estava acontecendo, visto que minha realidade novamente mudaria. Ter que me despedir de todos, organizar meus documentos.... Confesso que neste momento estava com medo, pois eu não sabia o que me esperaria quando eu retornasse ao meu país, nem parecia que eu estava retornando à minha pátria. Mas ocorreu tudo direitinho e hoje estou bem de volta.
A Alemanha me ensinou tantas coisas, sinto que elas são como diamantes que carrego comigo aonde quer que eu vá - sei que os carregarei para o resto da minha vida. Antes, eu tinha uma curiosidade tão grande para saber como seria viver em uma país estrangeiro, como eram seus costumes e etc, eu tinha tantas perguntas a respeito e agora que estou voltando sinto que elas estão respondidas.
Em meu caminho apareceram pessoas tão simpáticas, solidárias, conheci tantas pessoas compreensíveis, humildes de espírito. A Alemanha me fez repensar muito sobre o mundo e eu afirmo a vocês, nesse mundo existem pessoas fantásticas, por isso não desistam dele.
Aprendi que devo ser dinâmico, que devo correr atrás de meus sonhos. Após um intercâmbio inteiro, você obtém uma autoestima maior, ao ponto de saber aonde quer que você vá neste mundo, você conseguirá, você conquistará as pessoas, se superará. Sim! Um intercâmbio é pura superação. Confesso que meses antes desse intercâmbio, jamais pensaria que conseguiria, mas eu consegui, superei tantas dificuldades. Sei que cometi muitos erros, mas agradeço a todos eles.
É estranho saber que uma parte de mim foi composta em um outro país, isso relativa um pouco o pensamento de que eu pertenço unicamente ao meu país materno. Eu vejo essa bolsa de estudos como uma luz que com certeza alterou o meu destino e sou muito grato por isso.
Pedro Z.
Colégio Catarinense, Florianópolis
Quando fui para a Alemanha estava cheio de perguntas e muito curioso, não tinha certeza sobre o que eu estava fazendo. As experiências que eu tive no ano de 2018 nunca serão apagadas da minha história, são coisas que eu levarei para a vida inteira. Foi um ano intenso, memorável, aprendi demais na escola e na vida de um modo geral. Isso tudo me fez amadurecer muito.
Aprendi alemão de uma forma bem natural, na família, na escola, nas festas, nos encontros com outros intercambistas e em todo meu cotidiano. Foi um ano definitivamente intenso. Minha família anfitriã me acolheu muito bem o que deixava o clima ainda mais favorável para o meu aprendizado. Fiz muitos amigos alemães e de outras partes do mundo. Essa talvez tenha sido minha parte favorita: meu intercâmbio cultural. Eu não aprendi apenas a cultura alemã.
Tive muitos amigos intercambistas de todas as partes do mundo (África do Sul, Taiwan, Uruguai, EUA, etc.) isso foi muito legal por que desde o começo nós compartilhamos do mesmo sentimento, apesar de todos sermos de culturas bem diferentes.
O começo pode ter sido a parte mais difícil para mim, pois sentia falta da família e dos amigos que estavam fazendo o terceirão. O clima também não ajudava, já que cheguei na Alemanha em janeiro no alto inverno. Nessa época do ano, além do frio intenso, os dias não são muitos longos e por isso as pessoas não saem tanto de casa. Isso com certeza tornou as coisas mais difíceis. Eu tinha fé, entretanto, de que as coisas iriam melhorar e realmente foi assim - quanto mais eu fui ficando confiante em falar alemão, mais fácil foi fazer amigos. O importante é perder o medo de errar logo cedo. O verão foi definitivamente a melhor época do ano, porque eu já conseguia me comunicar em alemão e acabei fazendo muitas viagens com a família e também com os amigos.
No final do intercâmbio, sentia um misto de emoções, alegria de rever minha família e tristeza de deixar minha família anfitriã, minha escola e os vários amigos que fiz.
Eu recomendo a todas as pessoas que conheço que façam um intercâmbio, pois é uma experiência sensacional que ajuda a construir valores muito grandes. O acolhimento que recebi do pessoal do Goethe-Institut, do YFU, sempre atentos e prestativos, facilitando bastante a experiência, assim como o das minhas famílias do Brasil e da Alemanha, foram essenciais para o meu processo de aprendizado. Obrigado a todos os envolvidos!
Aline I. S.
Escola Barão do Rio Branco, Blumenau
Pois é, o tempo foi passando e hoje chego ao meu último relatório. Neste momento já estou em casa, de volta ao Brasil, após um período de quase um ano... Ao pensar nesse período percebo o crescimento pessoal que tive no ano que se passou.
No último mês que estive na Alemanha, participei de algumas atividades com a minha Gastfamilie como por exemplo a procura por presentes de Natal, a aventura de buscarmos juntos uma Árvore de Natal para colocar na sala de casa, festejar o Natal e entre outros...
Na Alemanha, é comum as pessoas irem escolher a sua Árvore de Natal e cortá-la. Normalmente tentam escolher a árvore mais bonita e quando chegam em casa têm a surpresa de que a árvore é toda desforme. Neste ano, preciso confessar que escolhemos uma árvore realmente bonita, e a enfeitamos com decorações que nós mesmos fizemos.
O meu último dia de aula foi um dia normal. Fui cedo à escola, encontrei meus amigos, frequentei as aulas como de costume e me despedi dos meus professores. A despedida dos meus amigos aconteceu alguns dias depois, quando convidei 10 amigas para dormirem na minha casa. No dia seguinte estava combinado que iríamos a um restaurante. Quando chegamos lá, estavam alguns professores e amigos à nossa espera para também se despedirem.
Na semana seguinte, comemoramos o Natal. Agora já posso dizer que vivi um Natal de neve! Na verdade, no dia 24 de dezembro nevou uma meia hora, mas infelizmente era uma neve molhada e por isso ela não ficou no chão. Fui para a Alemanha e ao contrário do que o esperado, não tive um Natal branquinho.
Logo depois do Natal, me preocupei em empacotar as minhas malas e o nervosismo de rever meus pais, irmãos, familiares e amigos já tomava conta. Era muito estranho imaginar como seria reencontrar todo mundo depois de um ano. Despedi-me então da minha Gastfamilie e voei em direção ao meu Heimatland (pátria). Ao chegar, a frustração foi grande quando não encontrei açaí em Guarulhos no aeroporto...
Depois do último voo, ao sair no desembarque, minha família estava à minha espera e foi maravilhoso reencontrá-los. Juntos fizemos vários passeios, como ir à praia, visitar meus tios e avós, passear por algumas cidades e lugares e entre outros. É interessante que em muitos lugares o pensamento retorna à minha Gastfamilie e a meus amigos alemães. Sempre vejo algo que agradaria a alguém, e já vou anotando com a esperança de que um dia venham me visitar e que eu possa mostrar alguns desses lugares.
Para próximos intercambistas, sugiro que não levem muitas roupas, pois normalmente não precisamos de tudo que levamos, e, depois de um ano, tudo aquilo se torna um peso desnecessário. Sugiro que levem muita motivação e força para os momentos difíceis, que tenham ânimo para conhecer novas pessoas e sempre estejam dispostos a convidar os amigos da escola e sua Gastfamilie para saírem. Não sejam tímidos e acanhados, todos lá estão ansiosos à sua espera, e loucos para conhecer você e consequentemente um pouco do seu Heimat (lar).
Novamente, agradeço a todos que me proporcionaram essa aventura. Agradeço aos meus pais e irmãos, que me deram toda força e incentivo para estar lá, agradeço à minha Gastfamilie, que me acolheu como realmente um membro de sua família, agradeço aos meus amigos brasileiros por continuarem ao meu lado e aos alemães por se tornarem também tão importantes. E por fim, agradeço ao PASCH, ao Goethe Institut e ao YFU por tornarem o meu sonho possível.
Yamí R. S.
CIL 01, Brasília
Nos últimos momentos quando estava na Alemanha foi um pouco estranho. Não entendi ao certo o que estava acontecendo, visto que minha realidade novamente mudaria. Ter que me despedir de todos, organizar meus documentos.... Confesso que neste momento estava com medo, pois eu não sabia o que me esperaria quando eu retornasse ao meu país, nem parecia que eu estava retornando à minha pátria. Mas ocorreu tudo direitinho e hoje estou bem de volta.
A Alemanha me ensinou tantas coisas, sinto que elas são como diamantes que carrego comigo aonde quer que eu vá - sei que os carregarei para o resto da minha vida. Antes, eu tinha uma curiosidade tão grande para saber como seria viver em uma país estrangeiro, como eram seus costumes e etc, eu tinha tantas perguntas a respeito e agora que estou voltando sinto que elas estão respondidas.
Em meu caminho apareceram pessoas tão simpáticas, solidárias, conheci tantas pessoas compreensíveis, humildes de espírito. A Alemanha me fez repensar muito sobre o mundo e eu afirmo a vocês, nesse mundo existem pessoas fantásticas, por isso não desistam dele.
Aprendi que devo ser dinâmico, que devo correr atrás de meus sonhos. Após um intercâmbio inteiro, você obtém uma autoestima maior, ao ponto de saber aonde quer que você vá neste mundo, você conseguirá, você conquistará as pessoas, se superará. Sim! Um intercâmbio é pura superação. Confesso que meses antes desse intercâmbio, jamais pensaria que conseguiria, mas eu consegui, superei tantas dificuldades. Sei que cometi muitos erros, mas agradeço a todos eles.
É estranho saber que uma parte de mim foi composta em um outro país, isso relativa um pouco o pensamento de que eu pertenço unicamente ao meu país materno. Eu vejo essa bolsa de estudos como uma luz que com certeza alterou o meu destino e sou muito grato por isso.
Pedro Z.
Colégio Catarinense, Florianópolis
Quando fui para a Alemanha estava cheio de perguntas e muito curioso, não tinha certeza sobre o que eu estava fazendo. As experiências que eu tive no ano de 2018 nunca serão apagadas da minha história, são coisas que eu levarei para a vida inteira. Foi um ano intenso, memorável, aprendi demais na escola e na vida de um modo geral. Isso tudo me fez amadurecer muito.
Aprendi alemão de uma forma bem natural, na família, na escola, nas festas, nos encontros com outros intercambistas e em todo meu cotidiano. Foi um ano definitivamente intenso. Minha família anfitriã me acolheu muito bem o que deixava o clima ainda mais favorável para o meu aprendizado. Fiz muitos amigos alemães e de outras partes do mundo. Essa talvez tenha sido minha parte favorita: meu intercâmbio cultural. Eu não aprendi apenas a cultura alemã.
Tive muitos amigos intercambistas de todas as partes do mundo (África do Sul, Taiwan, Uruguai, EUA, etc.) isso foi muito legal por que desde o começo nós compartilhamos do mesmo sentimento, apesar de todos sermos de culturas bem diferentes.
O começo pode ter sido a parte mais difícil para mim, pois sentia falta da família e dos amigos que estavam fazendo o terceirão. O clima também não ajudava, já que cheguei na Alemanha em janeiro no alto inverno. Nessa época do ano, além do frio intenso, os dias não são muitos longos e por isso as pessoas não saem tanto de casa. Isso com certeza tornou as coisas mais difíceis. Eu tinha fé, entretanto, de que as coisas iriam melhorar e realmente foi assim - quanto mais eu fui ficando confiante em falar alemão, mais fácil foi fazer amigos. O importante é perder o medo de errar logo cedo. O verão foi definitivamente a melhor época do ano, porque eu já conseguia me comunicar em alemão e acabei fazendo muitas viagens com a família e também com os amigos.
No final do intercâmbio, sentia um misto de emoções, alegria de rever minha família e tristeza de deixar minha família anfitriã, minha escola e os vários amigos que fiz.
Eu recomendo a todas as pessoas que conheço que façam um intercâmbio, pois é uma experiência sensacional que ajuda a construir valores muito grandes. O acolhimento que recebi do pessoal do Goethe-Institut, do YFU, sempre atentos e prestativos, facilitando bastante a experiência, assim como o das minhas famílias do Brasil e da Alemanha, foram essenciais para o meu processo de aprendizado. Obrigado a todos os envolvidos!